TOUR ÉVORA
Visita a Évora, cidade histórica no coração do Alentejo, herdeira de um rico e variado património cultural, construído e preservado ao longo do tempo.
Classificada como Património Cultural da Humanidade, desde 1986.
Visita à Capela dos Ossos, com a sua curiosa história:
Em pleno século XVI, existiam, na região de Évora, quarenta e dois cemitérios monásticos que estavam a ocupar demasiado espaço e locais estratégicos que muitos pretendiam utilizar para outros fins.
Por essa mesma razão, os monges franciscanos resolveram pensar numa solução, no mínimo criativa, embora possa ser considerada bastante sinistra.
Decidiram, pois, retirar os esqueletos da terra e usá-los para construir e decorar uma capela.
Visita à Igreja Real de São Francisco, igreja conventual e palatina de S. Francisco, edificada por D. João II e concluída no reinado de D. Manuel I, foi construída sobre uma primitiva igreja gótica do século XIII.
Exemplar notável do tardo-gótico alentejano, a igreja tem uma só nave (uma das maiores de Portugal), ladeada por capelas comunicantes.
Visita à catedral de Évora, consagrada a Santa Maria, edificada entre 1283 e 1308, num período já de afirmação do gótico, mas onde ainda se assiste à permanência da linguagem decorativa românica. A catedral foi construída em terreno difícil, de forte inclinação, onde o engenho de arquitectos e o saber dos canteiros foi duramente posto à prova.
Visita à Porta de D. Isabel que fazia parte da muralha tardo romana, hoje conhecida por Cerca Velha. Esta porta, constituída por um arco perfeito de cantaria é a única sobrevivente em todo o recinto amuralhado da Cerca Velha.
Visita ao Templo Romano, templo que fazia parte integrante do fórum de que se conhece a praça lajeada a mármore e uma estrutura porticada envolvente, onde provavelmente estariam lojas (tabernae).
A história do Templo confunde-se com a história de Évora. Na Idade Média foi utilizado como “açougue das carnes” (talho), sendo aí o principal ponto a retalho de venda de carne da cidade. Em 1870, decidiu-se repor a traça original disponível. Assim, e sob a orientação do italiano G. Cinatti, foi restaurado como hoje se exibe, ainda que sem cela, arquitrave, friso e muitas das suas colunas.
Em ex-líbris da cidade se tornou, ainda que nunca tivesse sido consagrado à deusa Diana, como popularmente se afirma.
Visita à Praça do Giraldo, herdeira do “chão” onde se fez a primeira feira franca eborense, ainda em tempo de D. Dinis. Era a confluência de percursos urbanos polarizados pelos mosteiros mendicantes de S. Francisco e S. Domingos.
Nas arcadas a toda a volta se fazia (e faz) o comércio. Aqui se fizeram autos-de-fé, torneios, justas e touradas. Aqui estava o pelourinho e a Casa de Ver o Peso; aqui ficavam os antigos Estáus da Coroa, que ocupavam o quarteirão entre a antiga Rua da Cadeia e a Rua do Raimundo. Aqui está a fonte henriquina, construída sobre um antigo chafariz incluso num pórtico, e onde terminava a água trazida ao longo de 18km, desde as fontes da Prata.
Visita à Igreja e Convento da Graça, que é uma das mais significativas obras do Renascimento, para o que contribuiu a cultura humanista de D. João III. Ele mesmo mandou gravar na fachada um título de pendor romano: “Pai da Pátria”. No pórtico, em cima, temos então as marcas do sonho do Império: os “quatro meninos da Graça”, as estátuas dos gigantes (ou atlantes) que carregam as quatro partes do mundo onde os portugueses aportaram.
Visita ao Largo da Porta da Moura, com seu chafariz que era um dos principais pontos de abastecimento de água na cidade antiga. Esta fonte foi construída com donativos públicos dos vizinhos do largo; um dos que participou foi o mais afamado tipógrafo da cidade, André de Burgos.
Entre as torres que guardam a antiga Porta de Moura, situa-se a janela manuelina chamada de Garcia de Resende, poeta e cronista eborense do Renascimento português, e autor do Cancioneiro Geral, (compilação de toda a tradição poética portuguesa do século XV e XVI).
Visista à Universidade de Évora que foi instituída em1551, com o patrocínio do Cardeal-Rei D. Henrique, sob orientação jesuíta. Sete anos mais tarde, o papa Paulo IV, deu-lhe concede-lhe a necessária bula. No seu conjunto monumental salientam-se o Claustro dos Gerais com dupla galeria de ordem toscana; a Sala dos Actos, em estilo barroco; os azulejos historiados com alusões a autores clássicos (Platão, Virgílio, Aristóteles, Arquimedes); a igreja maneirista do Espírito Santo (séc. XVI); a capela seiscentista de Nossa Sª. da Conceição; a antiga livraria. Numa galeria do andar cimeiro, uma estátua do historiador eborense Túlio Espanca – autodidacta aqui sagrado Doutor Honoris Causa – vela por este templo do saber.
Extinta no século XVIII (1759), a Universidade retornou à cidade em 1979.
Visita à Fundação Eugénio de Almeida – Quinta da Cartuxa, uma instituição de direito privado e utilidade pública, sediada em Évora.
A missão institucional da Fundação concretiza-se nos domínios cultural e educativo, social e assistencial, e espiritual visando o desenvolvimento e elevação da região de Évora.
Prosseguindo a exploração da vinha, que desde tempos imemoriais se faz na região, a Fundação Eugénio de Almeida é também herdeira de uma longa história no sector vitivinícola. Sediado na Quinta de Valbom, a 2 km do centro histórico de Évora, cidade Património Mundial, e a 200 metros do Convento da Cartuxa que inspirou o seu nome.
Visita à Herdade do Esporão, numa das saídas de Reguengos de Monsaraz encontramos uma placa a indicar o caminho para a Herdade. Avançamos e cruzamos o portão que dá ares de arco setecentista ainda que não o seja e pasme-se: as vinhas estão em todo o lado!
E para que o sabor e qualidade se mantenham apurados, uma pequena parcela de vinha foi destinada ao campo ampelográfico onde os enólogos testam permanentemente novos vinhos e aromas.
Visita à Vila de Arraiolos terra dos tapetes, séculos de história bordados à mão por gerações e gerações de bordadeiras que fizeram chegar até aos nossos dias o nosso mais genuíno artesanato o “Tapete de Arraiolos”.
A referência escrita mais antiga que até hoje é conhecida está no inventário de Catarina Rodrigues, mulher de João Lourenço, lavrador e morador na herdade de Bolelos, termo de Arraiolos, onde, pelo ano de 1598, é descrita a existência de hum tapete da tera novo avalliado em dous mill Reis.